A mudança na matriz curricular do ensino médio na rede estadual, que reduz as aulas de Artes, Filosofia e Sociologia a partir deste ano, voltou a ser assunto na Câmara de Vereadores nesta quinta-feira. Mas, diferente da semana passada, quando houve uma reunião pública sobre o tema, desta vez o debate foi bem mais acalorado.
Os parlamentares discutiam a aprovação de uma moção de apoio aos professores que pedem o retorno da quantidade de horas/ aulas semanais das disciplinas, reduzidas à metade pelo governo do Estado, quando o vereador Santão, um dos representantes da extrema direita no Legislativo, mostrou posição contrária, falando em doutrinação ideológica por parte dos professores.

A vereadora Jessicão, também eleita como represente da extrema direita na Câmara, foi outra a fazer questão de marcar posição contra o apoio, argumentando que as disciplinas têm menor relevância na  grade curricular.”

Além dos dois, votaram contra a moção os vereadores Ailton Nantes e Fernando Madureira. Porém, com 14 votos favoráveis, a inciativa foi aprovada. Lenir de Assis, uma das autoras do requerimento, saiu em defesa da proposta.
A professora Sônia Gimenes, que votou a favor da moção de apoio,  criticou o desvirtuamento da discussão.

As mudanças feitas pelo governo do Estado estão valendo desde a semana passada, quando começou o ano letivo da Rede Estadual, com aulas de reforço ainda em formato remoto. A partir da próxima segunda-feira, 1o de março, está previsto o início das aulas em formato híbrido.