Com a mudança, a partir de agora o consumidor só pode fazer o pagamento mínimo do crédito rotativo por um mês. Depois desses 30 dias, o banco é obrigado a oferecer uma linha de crédito alternativa para que o saldo do cartão seja parcelado com juros menores. Antes não havia limite de tempo para uso dessa linha de crédito.  Com a nova regra, o governo quer evitar o super endividamento e levar a uma redução dos juros cobrados de milhões de pessoas. Para o coordenador do Procon, Gustavo Richa, com a nova norma o consumidor sai ganhando.

Antes da norma do Conselho Monetário Nacional começar a valer, o consumidor devia fazer o pagamento mínimo, de 15% do valor da fatura, até o vencimento para não ficar inadimplente. O resto do débito, acrescido de novos juros, era cobrado no mês seguinte e o consumidor podia fazer o pagamento mínimo outra vez. Segundo o coordenador, a chamada “bola de neve” do rotativo levou muita gente ao descontrole financeiro nos últimos anos.

Gustavo Richa afirma que o cartão de crédito ainda é uma boa ferramenta, mas é preciso ter responsabilidade na hora de consumir. Os especialistas dizem que é importante, para evitar o descontrole financeiro, que as dívidas no cartão de crédito não ultrapassem nunca 30% do salário. O coordenador do Procon afirma que de janeiro a março desse ano, o órgão registrou 164 reclamações relacionadas a problemas com o cartão de crédito.

O cartão é uma das modalidades de crédito com as mais altas taxas do mercado. Em dezembro do ano passado, o juro do rotativo chegou a quase 500% ao ano.