SEGUNDA, 15/02/2021, 01:05

Novos casos de doenças virais mantêm estado em alerta.

Número de diagnósticos positivos para dengue continua alto e população deve ter cuidado redobrado com medidas preventivas.

A Secretaria do Estado da Saúde (Sesa) mantém o monitoramento de doenças causadas por vírus no Paraná, com boletins frequentes. Segundo o novo levantamento da pasta referente aos números da dengue, até agora, o estado registrou quase 27 mil casos suspeitos e mais de duas mil positivações. Os dados são do período epidemiológico entre agosto do ano passado e junho de 2021.

De acordo com Emanuelle Pouzato, médica veterinária da Divisão de Doenças Transmitidas por Vetores da Sesa, apesar de uma redução no registro de casos, quando comparado ao ano anterior, o número de positivações para dengue no estado continua alarmante. Ela destaca a importância do apoio da população nas medidas preventivas para que a disseminação do vírus seja contida.

Além do alto índice de casos positivos no Paraná, Emanuelle lembra que os cuidados com a dengue precisam ser ainda mais intensificados por conta da pandemia da Covid-19. Ela afirma que é possível que tenhamos períodos de contágio cruzado entre as doenças e um aumento do número de internações.

Apesar do risco, a médica veterinária orienta que se busque acompanhamento médico, em casos de sintomas como dores no corpo, febre e manchas vermelhas na pele. Ela explica que as redes de saúde se organizam para que não haja contato entre pacientes com dengue e positivados para Covid.

 

Outra doença que vem sendo acompanhada  pela Sesa é a febre amarela. Desde o início do período de monitoramento, em julho do ano passado, 15 notificações foram confirmadas em macacos. Segundo a médica veterinária, no último ano epidemiológico, o Paraná foi o estado que mais notificou óbitos causados pelo vírus em primatas. Mas, até o momento, nenhum humano foi positivado para a doença.  

 

Emanuelle Pouzato ainda ressalta que os macacos não transmitem o vírus, mas que a doença é disseminada por espécies de mosquitos transmissores. Algumas ações preventivas são eficientes para evitar a contaminação, como eliminar água parada e uso de repelentes, medidas também adotadas para prevenção ao mosquito da dengue. Ela destaca, no entanto, que a principal forma de se proteger da febre amarela é por meio da vacina, que está disponível em postos de saúde gratuitamente.

A médica veterinária orienta que a população verifique a carteira de vacinação. Caso o documento não esteja em dia, é possível receber a dose do imunizante em uma Unidade Básica de Saúde do município. Podem se vacinar crianças que tenham mais de nove meses e adultos até 59 anos.

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