TERCA, 24/09/2019, 19:40

Número de mortes em confrontos com policiais no primeiro semestre tem crescimento de 10% no estado

Para coordenador estadual do Gaeco, 25 mortes registradas em Londrina revelam uma situação preocupante e que pode ter relação com a atuação de facções criminosas aqui na região.

O Gaeco paranaense divulgou nesta terça-feira, o número de mortes em confrontos com policiais no primeiro semestre desse ano em todo o estado. Foram 157 mortes em embates com PMs, quatro mortes com policiais civis e uma morte com um guarda municipal. Um total de 162 mortes.

Em relação ao segundo semestre de 2018, quando houve 148 mortes, o número cresceu quase 10%. Já em relação ao primeiro semestre do ano passado, quando foram 179 mortes, a redução foi igual, de quase 10%, com 17 mortes a menos.

O coordenador estadual do Gaeco, Leonir Batisti, afirma que prefere aguardar os dados fechados do ano para fazer uma avaliação mais completa. Segundo o promotor, as variações nos números, tanto para mais quanto para menos, vêm ocorrendo historicamente e o aumento de 10% de um semestre para outro não chega a ser tão relevante.

O destaque negativo são os números de Londrina. Na capital do estado, que tem quase 1,8 milhão, foram 32 mortes nesse primeiro semestre. Aqui na cidade, que tem menos de 600 mil habitantes, o levantamento do Gaeco registrou 25 mortes, todas em confrontos com Policiais Militares. Em Maringá, com pouco mais de 420 mil habitantes, foram apenas 3 casos no primeiro semestre.

O coordenador estadual do Gaeco acredita que a quantidade de mortes em confrontos policiais registrada em Londrina é preocupante, pode ter relação com a atuação das facções criminosas aqui na região, mas merece uma análise mais cuidadosa.

Leonir Batisti explica ainda que o Ministério Público paranaense faz parte do programa nacional de enfrentamento à morte por intervenções policiais, instituído pelo Conselho Nacional do Ministério Público.

Entramos em contato com o major Villa, comandante do 5º Batalhão da Polícia Militar, mas até o fechamento da reportagem não tivemos retorno.

Comentários