Ocupantes do Flores do Campo vão até a prefeitura e não avançam em negociações
A proposta apresentada para dar condições de moradia a apenas uma parcela das famílias que vivem no local não agradou nem a promotoria.
Representantes das famílias que vivem no Flores do Campo, condomínio residencial na região norte de Londrina invadido em 2016, foram até a prefeitura na última segunda-feira, cobrar ajuda da prefeitura para que possam deixem o local.
Hoje vivem em média 145 famílias no Residencial que tem 1,2 mil moradias em fase de acabamento. Os ocupantes já foram notificados pela Justiça para que deixem as casas imediatamente. A qualquer momento a polícia pode fazer a reintegração de posse, no espaço que hoje pertence a Caixa Econômica Federal.
A reunião teve a participação de Marcos Urbaneja, chefe de gabinete do prefeito e de representante do Ministério Público.
De acordo com o promotor Paulo Tavares, inicialmente não houve acordo. A prefeitura propôs colocar uma parte das famílias em um terreno, mas apenas metade delas, o que não foi aprovado pelo grupo. Então foi proposto pelo promotor que a prefeitura doe um terreno na região sul da cidade, depois de aprovada lei na Câmara e que os ocupantes das casas construam as próprias moradias, mas o grupo só aceita sair do Condomínio com solução para todas as famílias.
A reunião estava marcada com o prefeito, Marcelo Belinati, mas ele não compareceu.
Ainda de acordo com Paulo Tavares, como não houve solução, os ocupantes ficam desassistidos, e a qualquer momento a reintegração de posse pode ser feita.
A prefeitura por meio da assessoria de imprensa disse que não vai se manifestar sobre a reunião e a proposta dos ocupantes.
Nossa reportagem tentou ainda falar com Marcos Urbaneja, chefe de gabinete do prefeito, mas ele não retornou aos nossos recados e nem atendeu o celular.