A ONG Meio Ambiente Equilibrado se reuniu com representantes do Departamento de Estradas de Rodagem na manhã desta quinta-feira para discutir a execução de medidas ambientais durante as obras de duplicação da PR-445, em trecho de 17 quilômetros localizado entre a saída de Londrina e o distrito rural de Irerê. Para a entidade, é preciso que o poder público olhe com atenção para o grande número de animais silvestres atropelados e mortos na rodovia. Segundo levantamento feito pela ONG, pelo menos 116 bichos foram vítimas no trecho em duplicação nos últimos dez meses. Ou seja, um animal morre atropelado a cada três dias. Atualmente, esse tipo de ocorrência figura entre as principais causas do desaparecimento da fauna da Mata Atlântica no estado.

O gestor ambiental da ONG MAE, Gustavo Góes, lembra que, pelo contrato firmado para a execução das obras, ficou prevista também a realização das medidas para a proteção dos animais silvestres. O que a entidade pede, conforme ele, é apenas que os pontos já acordados sejam cumpridos. A preocupação é de que o número de mortes dispare depois da conclusão da obra.

Góes destaca que a PR-445 é a “campeã” de mortes de animais na região, seguida da PR-538, que passa pela Mata dos Godoy, a PR-218. Ele garante, ainda, que dá pra se evitar os atropelamentos com medidas simples, que envolvem, por exemplo, a instalação de placas indicando o tráfego dos animais silvestres, de redutores de velocidade, de sinalizadores sonoros e, principalmente, das passagens de fauna por debaixo dos pontos mais críticos.

Procuramos o DER para saber como vai funcionar o cronograma das medidas ambientais na PR-445, mas não obtivemos retorno até o fechamento desta reportagem.