Foi um temporal, daqueles que, há um bom tempo, Londrina e região não viam. A tempestade chegou no fim da tarde de sábado, com nuvens carregadas, raios, rajadas de vento fortíssimas e bastante chuva. Um conjunto de eventos climáticos que acabou produzindo muitos estragos por toda a cidade. De casas destelhadas, centenas de árvores caídas e bairros inteiros sem energia e sem água.

Em relação aos ventos, Londrina chegou a registrar rajadas de até 74km/h durante a chegada do temporal. Se a média histórica da cidade no mês, de 152 mm, já tinha sido superada no dia 15, a chuva do fim de semana fez o acumulado chegar próximo do dobro, quase 300 mm, diz a meteorologista do Instituto de Desenvolvimento Rural, o IDR, Ângela Costa.

Apenas entre o sábado e domingo foram 94 mm, explica a meteorologista, que diz ainda que há 27 anos, Londrina não registrava tanta chuva num único dia de outubro.

Em Maringá, a situação foi pior, afirma Ângela Costa, com rajadas de vento de até 82 km/h e um volume ainda maior de chuva, mais de 100mm.

E esse conjunto de eventos climáticos extremos que causam destruição e prejuízos, afirma a meteorologista do IDR, deve voltar a ocorrer com mais frequência, não só aqui na região, e, principalmente, no outono e na primavera.

A meteorologista diz ainda que as projeções indicam mais chuva para os próximos dias.

Depois de uma segunda-feira de tempo mais estável. Ângela Costa diz que já nesta terça a nebulosidade volta à região e a partir do dia seguinte as chuvas devem retornar, mas em menor volume, cerca de 5mm.