TERCA, 27/10/2020, 19:43

Pandemia muda hábitos e consumo da erva-mate cresce 15%

Economista explica que, apesar do momento ruim de alguns anos atrás, a cultura da erva-mate vive um período de recuperação, com preços em alta e muitos produtores retomando a produção.

O Paraná é o maior produtor de erva-mate do Brasil. Foram 182 mil toneladas em 2018 e a produção vem aumentando. Em 2019, por exemplo, foram 192 mil toneladas. O que mostra, segundo a Federação da Agricultura do Paraná, uma recuperação das perdas registradas em anos anteriores.

Desde o século 19 a cultura é um dos destaques da produção agrícola do estado. São gerações de produtores que vivem da erva-mate. Um hábito de longa data para muitos paranaenses e que tem na tradição uma de suas principais características. Mas com a pandemia, esse costume também vem passando por mudanças, como em tantos outros setores da vida.

Luiz Eliezer Ferreira, economista do departamento técnico da Federação da Agricultura do Paraná, FAEP, explica que com o isolamento social e outros cuidados, em função da crise sanitária, o comportamento das pessoas mudou e o consumo cresceu 15% de janeiro a setembro de 2020 na comparação com o mesmo período do ano passado.

Ele afirma também que, apesar do momento ruim de alguns anos atrás, a cultura da erva-mate se recuperou e passa por um período de preços em alta e muitos produtores retomando a produção.

O economista explica ainda que o estado tem florestas plantadas de erva-mate, mas diz que a maior parte da produção do Paraná vem mesmo de florestas nativas, que tem a preferência do mercado e ainda contribui com a sustentabilidade.

Luiz Eliezer diz também que quase toda a produção nacional é consumida internamente, por conta da grande demanda, e que em alguns momentos o país chega a importar o produto para abastecer o mercado nacional. Atualmente o maior produtor mundial da erva-mate é a Argentina.

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