No Relatório Especial – 10 anos – Taxa de Mortalidade no Trânsito, a Seguradora Líder, responsável pelo pagamento das indenizações por acidentes de trânsito no país, apresenta os pagamentos feitos para cada grupo de 100 mil habitantes entre 2009 e 2018. O levantamento mostra que em 2018, o país atingiu a média de 18 indenizações por morte para cada 100 mil habitantes. Para se ter uma ideia do tamanho do problema, a taxa de mortalidade por crimes violentos no Brasil, como homicídio, latrocínio e lesão corporal seguida de morte, é de 24,75.

Ainda segundo relatório, as principais vítimas são os motoristas. Em 2018, foram mais de 21 mil indenizações por morte, ou 55% do total. Outro dado que impressiona é que a cada 24 segundos uma pessoa morre no trânsito brasileiro.

Em 2009, as primeiras posições do ranking da Líder eram ocupadas por Acre, disparado em primeiro lugar com 279 mortes para cada 100 mil habitantes, e na sequência, com 41 mortes, Mato Grosso, Santa Catarina e Paraná. No último levantamento, o estado registrou uma redução significativa e passou para 24 mortes por 100 mil habitantes.

E os jovens de 18 a 34 anos foram a maioria dos casos do ano passado, com quase 40% das indenizações pagas. Com anos de experiência na área, o diretor de Trânsito da CMTU, major Sérgio Dalben, vê com preocupação os números e diz que quase sempre os acidentes fatais ocorrem após infrações de trânsito.

De acordo com o relatório do DPVAT, nos últimos dez anos foram pagas quase 500 mil indenizações por morte. E as motocicletas foram as principais responsáveis pelo número. De 2009 a 2018, as motos foram o único tipo de veículo a aumentar as indenizações por morte, pulando de 17 mil para 19 mil benefícios.

Sérgio Dalben afirma que ainda falta muita conscientização aos motociclistas, uma das partes mais frágeis do trânsito.

O DPVAT é um seguro obrigatório para todo cidadão acidentado em qualquer parte do país, seja motorista, passageiro ou pedestre. São três tipos de coberturas: morte (valor de R$ 13.500), invalidez permanente (de R$ 135 a R$ 13.500) e reembolso de despesas médicas e suplementares (até R$ 2.700). A proteção é assegurada por um período de até 3 anos.