QUINTA, 16/05/2019, 17:18

Paraná tem a terceira menor taxa de desemprego do país e fica quase 4% abaixo da média nacional

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE e mostram ainda que a subutilização da força de trabalho no Estado foi a maior da série histórica do levantamento.

O desemprego no Paraná, nos primeiros três meses desse ano, caiu em relação ao primeiro trimestre do ano passado e fez com que a taxa de desocupação do estado fosse uma das menores do país. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira e fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. De acordo com o levantamento do IBGE, a queda do desemprego no Paraná foi de mais de 0,5%. Passou de 9,6% no primeiro trimestre de 2018 para 9% agora. Apenas Santa Catarina (7,2%) e Rio Grande do Sul (8%) tiveram taxas de desocupação melhores.

Os 9% de desocupados aqui do Estado, nesse primeiro trimestre, ficaram bem abaixo da taxa média do restante do país, que foi de 12,7%. No Amapá, por exemplo, o desemprego atingiu mais de 20% da população economicamente ativa.

O economista e professor Marcos Rambalducci, destaca o desempenho dos três estados da região sul em relação ao resto do país. Para o economista, apesar do desemprego ainda alto, a queda na taxa não deixa de ser uma boa notícia e é resultado de dois fatores: o agronegócio forte e o processo de industrialização do Estado.

Curitiba registrou uma taxa de desemprego ainda melhor que a do Estado, segundo a Pnad: 8,3% e ficou em terceiro lugar entre as capitais, atrás apenas de Campo Grande, com 8,1%, e Goiânia, com 7,2%.

Para Rambalducci, a taxa de desocupação ainda mais baixa em Curitiba está relacionada, principalmente, ao desempenho da indústria. A queda apontada pelo IBGE no trimestre já vinha sendo antecipada pelo Caged, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, em janeiro e fevereiro, apesar de aumentos nos dois meses seguintes.

O economista destaca, no entanto, a subutilização da força de trabalho informal. Todos os Estados, com exceção do Rio Grande do Sul, tiveram as taxas mais altas da série histórica do levantamento feito desde 2012. São mais de 28 milhões de brasileiros produzindo abaixo da capacidade de trabalho.

O Paraná registrou a quarta menor taxa do país, 17,6%, atrás apenas de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso. Apesar disso, o economista avalia que o número ainda revela a falta de fôlego da economia.

A Pnad mostra ainda que o trabalhador paranaense teve o quarto maior rendimento médio do país no primeiro trimestre, R$ 2.567,00, atrás apenas do Rio de Janeiro, com R$ 2.675,00; São Paulo, R$ 2.899,00 e Distrito Federal, com pouco mais de R$ 4 mil.

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