Impressiona o número de pessoas atendidas pelos programas da Secretaria Municipal de Assistência Social em Londrina. De acordo com levantamento revelado pela própria pasta, a cidade conta com 50.483 famílias inseridas no chamado Cadastro Único. Ou seja, se considerarmos que cada uma delas é formada por quatro pessoas, pelo menos um terço de toda a população recebe algum tipo de auxílio. Deste total, 31.594 famílias possuem renda mensal de até meio salário mínimo, e 18.443 delas são beneficiárias do Programa Federal Bolsa Família, de transferência de renda. Por mês, elas recebem cerca de R$ 3,8 milhões.

A secretária de Assistência Social, Jaqueline Micali, destaca que o número de atendidos subiu significativamente nos últimos anos, 25% apenas em 2019, e que o atual cenário é reflexo da crise que o país tem enfrentado. Ela lembra, ainda, que, em 2018, a cidade ficou sem receber recursos federais, e que a falta dessa verba fez a situação piorar ainda mais. A secretária também ressalta que a população precisa se conscientizar de que os programas sociais são importantes não só para as famílias atendidas, mas, principalmente, para fazer a economia da cidade girar.

Atualmente, as famílias beneficiadas são atendidas nos Cras, centros de Referência da Assistência Social espalhados pela cidade, e em imóveis alugados localizados na avenida Bandeirantes e na rua Argentina, na área central, onde funcionam parte das atividades da secretaria. Com o objetivo de concentrar todos os atendimentos em um só lugar, a prefeitura deu início nesta segunda-feira à reforma geral de um imóvel na avenida Juscelino Kubitschek, ao lado da sede da CMTU. A empresa contratada para o serviço vai receber cerca de R$ 1 milhão para a execução das obras. O prazo de conclusão dos trabalhos é de oito meses. Conforme Jaqueline Micali, depois de pronto, o imóvel vai passar a ser a nova sede da Secretaria de Assistência Social e também da Gerência de Transferência de Renda da pasta.