SEGUNDA, 25/07/2016, 19:28

Perícia conclui que há erros em projetos da PR-445

As falhas são nos muros dos viadutos das avenidas Waldemar Spranger e Dez de Dezembro. Por outro lado, o documento diz que o tráfego pode ser liberado nos viadutos sobre as avenidas Guilherme de Almeida e Aniceto Espiga.

Contratada em junho pelo governo do Paraná, a Egel Engenharia concluiu a perícia na obra de duplicação da PR-445, no trecho urbano de Londrina. De acordo com o engenheiro civil da empresa, Eduardo Dell’Avanzi, há falhas nos projetos dos muros dos viadutos sobre as avenidas Waldemar Spranger e Dez de Dezembro, ambos na zona sul. Este último, inclusive, já ficou conhecido pelas várias rachaduras que apresenta. Apesar dos erros, Dell’Avanzi argumentou que não há risco de as estruturas desabarem.

Mesmo assim, o perito alertou que podem surgir fissuras e ondulações no asfalto caso a estrutura dos muros dos viadutos não seja reforçada. Segundo Eduardo Dell’Avanzi, os problemas na Dez de Dezembro e na Waldemar Spranger têm semelhanças: são relacionados com a fundação feita no solo.

Para o especialista, resolver os erros é algo simples, mas que pode demorar. A Egel Engenharia ainda irá encaminhar uma proposta de solução para o Departamento de Estradas de Rodagem.

O diretor técnico do DER, Amauri Cavalcanti, defendeu a estabilidade da obra e alegou que as falhas encontradas pela perícia foram uma “fatalidade” por causa da condição do solo nesses dois pontos da rodovia.

A Sanches Tripoloni não é responsável pelo projeto, mas sim pela execução da obra. No entanto, segundo Cavalcanti, a empreiteira terá de realizar as reformas listadas pela perícia nas interseções sobre a Dez de Dezembro e a Waldemar Spranger. O diretor do DER não deu prazo para toda a duplicação ser concluída.

A perícia apontou ainda que os viadutos sobre as avenidas Aniceto Espiga e Guilherme de Almeida não contém falhas. A liberação deste último para o tráfego, no entanto, depende de autorização da Justiça, que, a pedido do Ministério Público, determinou a paralisação das obras naquele ponto e também nos viadutos da Dez de Dezembro e da Waldemar Spranger. Nossa reportagem tentou contato com o promotor de justiça Paulo Tavares, mas ele não retornou ao nosso pedido de entrevista até o fechamento da matéria. Já a Sanches Tripoloni disse que ainda não havia sido comunicada sobre o resultado da vistoria na obra da PR-445.

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