O incêndio supostamente criminoso que atingiu a Ponte Pênsil Alves Lima, entre as cidades de Ribeirão Claro, no Norte do Paraná, e Chavantes, em São Paulo, na madrugada do último domingo, teria sido provocado por um material combustível. O apontamento foi feito por uma perícia preliminar realizada no local pelo Instituto de Criminalística nesta segunda-feira.

Foi por isso que, conforme o Corpo de Bombeiros, o fogo se espalhou rapidamente pela estrutura de madeira. As equipes tiveram que agir rápido para evitar com que as chamas consumissem toda a ponte, considerada um dos principais cartões postais da região do rio Paranapanema.

A estrutura, inclusive, foi tombada como patrimônio histórico dos dois estados em 1985. A ponte vai completar cem anos de existência no mês que vem, e, no decorrer das últimas décadas, já precisou ser reconstruída três vezes após ser palco de confrontos.

A primeira destruição foi em 1924, durante a Revolução Paulista. A segunda em 1932, em meio à Revolução Constitucionalista. A terceira queda é de 1983, quando a maior enchente da região atingiu e derrubou a elevação.

A ocorrência mais recente está sendo investigada pelas polícias de São Paulo e do Paraná. Um homem, suspeito de causar o incêndio, teria sido detido em Ourinhos, mas a informação não ainda foi confirmada oficialmente.

A CBN também procurou o setor que responde pelo Patrimônio Cultural do Governo do Estado, que informou que precisa esperar pela conclusão das perícias e da investigação da polícia antes de decidir o que vai fazer para recuperar a ponte. A ideia é executar uma obra no local em parceria com a Prefeitura de Ribeirão Claro e o Governo de São Paulo. Apesar das intenções, ainda não há previsão de quando a restauração será realizada.