Com receio de uma piora na situação da pandemia no estado, os consumidores paranaenses estão segurando as despesas. É o que mostra o indicador de Intenção de Consumo das Famílias, apurado pela Confederação Nacional do Comércio e pela Fecomércio paranaense, e que registrou a terceira queda consecutiva.

Com pouco mais de 89 pontos, o índice apresentou redução de quase 6% na comparação com abril e, por estar abaixo dos 100 pontos, se mantém pelo segundo mês na chamada zona de insatisfação. No país, o cenário também é de queda, com redução de 1,6% entre um mês e outro.

Os indicadores que puxaram a intenção de consumo das famílias para baixo em maio foram o Nível de Consumo Atual, com baixa de 10%; o Acesso ao Crédito, que teve retração também de quase 10%, e a Perspectiva de Consumo, com diminuição de pouco mais de 8%. Além da Compra de Bens Duráveis, que também teve redução expressiva, de 7% em relação ao mês passado.

Apesar de todos os fatores terem mostrado queda mensal, os indicadores Emprego Atual e Renda Atual permanecem em um nível satisfatório, entre 116 e 129, respectivamente. O que, para o assessor da Fecomercio, Rodrigo Schimdt, aponta para uma tendência das pessoas em consumir menos e está muito mais relacionada às inseguranças dos próximos meses, do que com a condição atual de renda e emprego.

Um aspecto positivo, afirma Schmidt, é o indicador Perspectiva de Consumo, que aumentou significativamente em relação a maio de 2020, com alta de quase 50%.

Os coeficientes Emprego Atual e Perspectiva Profissional também subiram na variação anual, com aumentos de mais de 10,5% e quase 12%, explica o assessor da Fecomercio.

Na divisão por faixa de renda, desde setembro do ano passado o indicador de consumo é menor entre as famílias de até dez salários mínimos. Já entre as famílias de maior renda, o índice está em 95,1 pontos e teve baixa de 6,8% em relação a abril.