SEGUNDA, 09/07/2018, 18:37

Pesquisa da Fecomércio mostra recuo no endividamento dos paranaenses em junho

Números revelam recuperação da renda das famílias, que vêm priorizando o pagamento das dívidas quando têm alguma sobra no orçamento.

O endividamento dos paranaenses recuou 1,4% de maio para junho. O número foi divulgado pela Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor da Fecomércio, e aponta ainda que 89,6% das famílias do estado possuíam algum tipo de dívida em junho. No mês anterior, o percentual era de 91%. Na comparação com junho do ano passado, o índice foi de quase 89% e ficou praticamente estável.

Rodrigo Rosalem, diretor de Planejamento e Gestão da Fecomércio, afirma que os números do endividamento revelam uma recuperação da renda das famílias, que vêm priorizando o pagamento das dívidas quando têm alguma sobra no orçamento.

Em junho, a média nacional do endividamento das famílias ficou em 58,6%. O Estado concentra o maior percentual de famílias com dívidas do país, seguido por Roraima e Santa Catarina. A pesquisa revela que a parcela de endividados com contas em atraso no Paraná também baixou, passando de quase 32% em maio, para pouco mais de 29% em junho. O percentual dos que afirmaram estar sem condições de quitar as dívidas também caiu de 11,4% para 10%.

Rosalem explica que o endividamento não é um dado negativo. Pelo contrário, significa que o consumidor tem capacidade de crédito e se sente seguro para pagamentos a prazo.

O estado também lidera a criação de empregos formais no país, o que favorece o consumo. Entre as famílias com contas em atraso, pouco mais de 39% estão inadimplentes, ou seja, a falta de pagamento é superior a 90 dias. Segundo Rosalem, o cartão de crédito continua como o principal motivo das dívidas de quase 74% dos consumidores do estado.

Aqui no estado, a média de comprometimento com as dívidas é de pouco mais de 6 meses. A maioria dos paranaenses, mais de 48% se mantém endividada por até três meses. Já os que ficarão endividados por mais de um ano correspondem a 38,5%.

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