TERCA, 08/08/2017, 19:08

Pesquisa mostra que 71% dos vereadores do Estado cursaram apenas o ensino fundamental ou, no máximo, o ensino médio

Levantamento feito pela União dos Vereadores do Paraná revela ainda muitos problemas de infra-estrutura: quase metade das Câmaras Municipais não tem sede própria.

A pesquisa feita pela Uvepar revela que dos 3.854 vereadores do Paraná, 476, ou pouco mais de 12% nem chegaram a completar o ensino fundamental e menos de 19% concluíram. A maior parte dos vereadores do Estado, 40%, completou apenas o ensino médio. O presidente da União dos Vereadores Paranaenses, Júlio Makush, afirma que a ideia de fazer a pesquisa surgiu da grande renovação nas Câmaras Municipais de todo o Estado nas últimas eleições, cerca de 70%. Júlio Makush avalia que a pesquisa mostra que existe a necessidade de elevar a escolaridade dos vereadores para melhorar a atuação política e a gestão pública.

Do total de 3.854 vereadores do Estado, menos de 29% disseram ter concluído o ensino superior completo. Júlio Makush afirma que até o momento os pesquisadores já passaram por 320 municípios e que até Setembro todas as 399 cidades do Estado devem ser visitadas. Segundo o presidente da Uvepar, a única solução é oferecer aos vereadores a oportunidade de completarem os estudos.

O levantamento da Uvepar diagnosticou ainda os problemas comuns às Câmaras de Vereadores do Estado. Um deles é a falta de equipamentos. Outro é a qualificação dos servidores. Essas foram as duas áreas onde houve mais reclamações. A pesquisa apontou ainda que quase metade das Câmaras não têm sede própria e 27% delas enfrentam dificuldades com o Portal da Transparência. De acordo com Júlio Makush, os municípios que têm mais dificuldade em relação à infra-estrutura nas Câmaras de Vereadores são os pequenos, com até 15 mil habitantes.

O presidente da União dos Vereadores do Paraná afirma ainda que, até setembro, a Uvepar vai fechar uma parceria com o Governo do Estado para o repasse de verba, a fundo perdido, para melhorar a infra-estrutura das Câmaras Municipais. Cada cidade, segundo Makush, vai receber entre R$ 25 e R$ 50 mil.

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