SEGUNDA, 30/07/2018, 19:24

Pesquisa mostra queda no otimismo do empresário londrinense para o segundo semestre

Levantamento da Fecomércio aponta que pouco mais de 51% dos comerciantes da cidade têm boas expectativas para o 2º semestre. Nos primeiros seis meses do ano índice foi de 66%.

O otimismo dos empresários do setor de comércio, serviços e turismo de Londrina e região caiu consideravelmente neste 2º semestre. De acordo com uma pesquisa realizada pela Fecomércio, pouco mais de 51% do empresariado afirmou ter boas expectativas para os próximos seis meses. Enquanto no 1º semestre, a expectativa de melhora no faturamento foi compartilhada por 66% dos empreendedores aqui da região.

Foi a primeira queda no índice após quatro altas seguidas. Os números de Londrina são semelhantes aos do estado, onde, na média, quase 52% dos empresários se mostraram otimistas com relação ao segundo semestre.

Entre as seis regiões pesquisadas, o maior índice de otimismo foi registrado no Oeste, com mais de 72%. Londrina aparece em quarto lugar, com pouco mais de 51%, e em último Ponta Grossa, onde o empresariado se mostrou o menos otimista, e apenas 44% confiam em um segundo semestre bom.

A coordenadora de pesquisas da Fecomércio, Priscila Andrade, avalia que o resultado de Londrina não foi totalmente ruim e que a variação do índice de uma cidade para outra se deve a particularidades da economia local. E nesse caso, mais uma vez, o agronegócio foi o carro chefe dos bons resultados, por exemplo, da região oeste do estado.

Para Priscila Andrade, a redução no otimismo do empresariado, que em Londrina chegou a 15%, se deve, em grande parte, à instabilidade econômica do país e ao período pré-eleitoral, além da greve dos caminhoneiros.

A pesquisa mostra ainda que o empresário está cauteloso com relação à retomada da economia. Para quase 46% deles, a recuperação é possível, mas não vai ocorrer antes de dois ou três anos. A coordenadora de pesquisas da Fecomércio avalia que o empresário entende o tamanho da crise que enfrentou, acredita na melhora, mas também sabe que não vai ser de uma hora para outra.

A pesquisa também mostrou que a quantidade de empresas que deve reduzir o número de funcionários subiu, passando de quase 11% para mais de 16% agora no segundo semestre.

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