Pesquisa mostra reação da classe alta paranaense na intenção de consumo para os próximos meses
Salto do indicador revelado por levantamento da Fecomércio foi de quase 27% entre as famílias com renda superior a dez salários mínimos.
O índice de Intenção de Consumo das Famílias paranaenses ficou praticamente estável em agosto. A variação em relação a julho foi de apenas 0,1% e o indicador passou de 84,3 pontos para 84,4 pontos. O índice do estado ficou bem acima da média nacional, de pouco mais de 66 pontos em agosto. Mas, por estar abaixo dos 100 pontos, o indicador ainda é considerado insatisfatório e revela, segundo a Fecomércio, a contenção de gastos dos consumidores durante a pandemia.
O diretor do Sistema Fecomércio, Rodrigo Rosalem, afirma que apesar da estabilidade geral do indicador, a pesquisa mostrou uma melhora significativa em dois aspectos do índice: a Perspectiva de Consumo para os próximos meses, que subiu mais de 10% em relação a julho, e o Nível de Consumo Atual, que cresceu quase 6% de um mês para outro.
No caso da Perspectiva Profissional, também houve melhora na comparação com julho e a alta chegou a 3,4%, assim como a avaliação sobre a Situação do Emprego, que subiu 1,8% na variação mensal, e foi um dos poucos subindicadores acima de 100 pontos.
Entre as famílias de classe mais alta, com renda superior a 10 salários mínimos, houve crescimento significativo de cinco pontos da chamada intenção de consumo, motivada principalmente pela melhora da Perspectiva Profissional, que subiu 17%, e pela Perspectiva de Consumo, que aumentou 27% de um mês para outro. Já entre as famílias com renda de até 10 salários mínimos, o indicador caiu.
Rodrigo Rosalem destaca uma reviravolta na intenção de consumo entre as duas faixas de renda, que até julho vinham mostrando certo equilíbrio e até uma pequena vantagem para as famílias com renda inferior a dez salários.
A pesquisa da Fecomércio foi realizada na terceira semana de agosto e entrevistou, por telefone, 500 famílias paranaenses.