Pesquisa realizada pela Universidade Estadual de Londrina revela o perfil dos imigrantes que vivem atualmente na Região Metropolitana de Londrina
75% deles são homens e a maioria vem do Haiti.
139 imigrantes de cinco municípios da região foram entrevistados pela equipe do Programa de Pós-Graduação em Serviço Social e Política Social, do Centro de Estudos Sociais Aplicados (CESA), da UEL. Os dados revelaram que 75% dos imigrantes são homens e 52% são jovens, entre 19 e 29 anos. Eles vêm de vários continentes, em especial América Central, América Latina, África e Oriente Médio. A maioria dos imigrantes vem do Haiti, país de origem de 45% dos entrevistados. Depois vem Bangladesh, com 31%, Colômbia (6%), Senegal (5%) e Angola (4,55%). A professora Líria Bettiol Lanza destaca que o levantamento de dados tem como finalidade integra-los à sociedade e aos serviços sociais e de saúde.
Em relação à escolaridade, 30,53% têm ensino médio; 15,27% têm ensino superior incompleto e 12,98%, ensino superior completo. Sobre trabalho, 41,22% dos imigrantes estão empregados; 36,64% desempregados e 6,87% em trabalho informal. Em geral, eles chegam à região de Londrina em busca de melhores oportunidades, relata a pesquisadora.
A maioria dos imigrantes entrevistados vive no Brasil há mais de dois anos e 73% pretendem ficar. Mas há também aqueles que chegaram recentemente. Desde o início da pesquisa, alguns já trouxeram a família para viver aqui também. Por isso, Lanza reforça a necessidade de que o estudo seja constantemente atualizado.
68% dos entrevistados já utilizaram o Sistema Único de Saúde, mas poucos deram entrada pela Unidade Básica. Por desconhecerem o funcionamento, acessam com mais frequência os serviços de urgência.