A pesquisa revela que a indústria metalmecânica, nos 64 municípios de abrangência do Sindimetal Norte Paraná, registrou, em março, um recuo no nível de ocupação da capacidade instalada. O indicador, que registrou aumento em fevereiro e chegou a mais de 76%, voltou a cair no mês passado, fechando em 64%. Com a queda no nível de uso da capacidade instalada das indústrias, o volume da produção também recuou, quase 10%, e fechou março com 49,7 pontos.

O coordenador da pesquisa, economista e professor da UTFPR, Marcos Rambalducci, destaca a mudança significativa de cenário, de um mês de fevereiro muito bom para a indústria, para outro mês com números em queda.

Com a redução na atividade industrial da região, o número de empregados no setor também voltou a cair em março. O índice positivo de 51,3 pontos, em fevereiro, recuou para 38,5 pontos em março. De acordo com a pesquisa, 28% das empresas pesquisadas reduziram seu quadro de funcionários.

Rambalducci afirma que o aumento da ociosidade na indústria repercute imediatamente na procura por mão de obra.

E o nível de estoque das indústrias segue acima do planejado. De acordo com a pesquisa, 84% das empresas afirmaram que estão trabalhando com estoque. O indicador apresentou melhora em relação a fevereiro, saindo de 61,3 para 57,2 pontos.

Para o coordenador da pesquisa do Sindimetal, a indústria segue trabalhando em um ambiente de extrema volatilidade e muita oscilação nos indicadores. Para Rambalducci, a tendência é que a economia brasileira siga assim até o fim do ano.

Outro dado importante revelado pela pesquisa é que 20% das empresas afirmaram estar com algum imposto em atraso.

Nos 64 municípios da área do Sindimetal Norte são 1.030 indústrias do segmento, que fabrica de geladeiras e carros a lâmpadas e tudo que use metal como matéria prima.