QUINTA, 10/01/2019, 18:05

Pesquisa revela aumento no número de consumidores endividados em 2018 e Estado assume topo do ranking nacional

Apesar disso, Fecomércio diz que resultado não é negativo e que mesmo com dívidas, capacidade de pagamento dos paranaenses é satisfatória devido à alta empregabilidade.

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, divulgada nesta quinta-feira pela Fecomércio, aponta que a média de endividamento do paranaense em 2018 foi de quase 89%, a maior taxa desde 2011, quando ficou em pouco mais de 90%. Em relação a 2017, o aumento foi de 1%. Com isso, o Paraná ficou no topo do ranking do país. A média nacional de endividamento foi de pouco mais de 60%.

A coordenadora de pesquisas da Fecomércio, Priscila Andrade, ressalta que o resultado não é necessariamente negativo e que o principal problema está na inadimplência. A empregabilidade e a renda maior, segundo Andrade, explicam o topo do ranking dos paranaenses no endividamento.

Ainda de acordo com a pesquisa da Fecomércio, destaque para as famílias paranaenses com renda mensal superior a 10 salários mínimos, que tiveram o maior índice de endividamento em dezembro, quase 95%.

Entre as famílias do estado com contas atraso, o último mês do ano mostrou também que pouco mais de 46% estão com o débito há mais de 90 dias, o que já caracteriza a inadimplência.

A média dos consumidores paranaenses que reconhecem que não terão condições de pagar as dívidas foi de 10,6%. A média nacional ficou bem próxima, 9,7%. Priscila Andrade afirma que,  proporcionalmente, considerando o universo de endividados, o Paraná tem mais consumidores com capacidade de pagar seus débitos.

E como sempre, o cartão de crédito foi o grande vilão do endividamento dos paranaenses, concentrando pouco mais de 72% do total de dívidas contraídas em 2018.

Em seguida aparecem o financiamento imobiliário com 9,3% das contas a pagar e o financiamento de veículo, com 9,2%.     

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