TERCA, 29/08/2017, 18:54

Pesquisa revela que trabalhador está com mais medo do desemprego

Segundo levantamento feito pela Confederação Nacional da Indústria, o índice subiu quase 2 pontos percentuais nos últimos três meses em todo o país.

Apesar da queda na taxa de desemprego em junho para 13%, um recuo de quase 1% em relação a março, e a primeira redução significativa do índice desde o fim de 2014. Os brasileiros continuam com muito medo de ficarem desocupados. É o que revela o índice de medo do desemprego da Confederação Nacional da Indústria, que em julho registrou quase 2% de aumento em relação a março desse ano. De acordo com a CNI, esse é o quarto maior valor da história da pesquisa, iniciada há quase 20 anos, em 1999. O presidente da ACIL, Cláudio Tedeschi, diz que o resultado da pesquisa, apesar dos números sensivelmente melhores da economia nos últimos meses, tem muita relação com o prolongamento da crise no país e um  certo trauma do trabalhador com a possibilidade do desemprego.

A pesquisa também revelou que as mulheres continuam com mais medo de perder o emprego. Em julho, o índice registrou entre elas um aumento de 2,5%, maior do que o 1,8% da média nacional, e ficou em 71,3%. Contra 60,7% dos homens. A pesquisa mostrou ainda que em relação à idade, o maior índice de medo do desemprego, 68%, ficou entre os que têm até 34 anos. O presidente da ACIL avalia que o ambiente político ainda é um componente fortíssimo para o prolongamento da crise e o clima de instabilidade no país.

A pesquisa mostrou que o maior aumento do medo do desemprego ocorreu nas regiões Norte e Centro-Oeste, onde o indicador teve uma alta de quase dez pontos e passou para 67% em julho. No Nordeste, o índice caiu mais de 4 pontos, mas a região ainda é a que tem o maior medo do desemprego no país, com mais de 68%, quase dois pontos acima da média nacional. A boa notícia é que na região sul, o índice, apesar de ter crescido quase dois pontos em relação a março, ainda é o mais baixo do país, menos de 57%.

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