A partir desta terça-feira (2), tanto os combustíveis, quanto o gás de cozinha, passam a ser vendidos com um acréscimo de aproximadamente 5%. É o quinto aumento da gasolina e o quarto no preço do óleo diesel apenas em 2021.

De acordo com o economista Marcos Rambalducci, o principal motivo para a alta nos combustíveis está relacionado ao preço do barril de petróleo. Ele explica que a Petrobras acompanha os movimentos da comercialização do produto e transfere para o mercado os preços de custo da matéria prima.

O professor ainda lembra que outros fatores também compõem o preço final pago nos postos, como a alta do dólar e a carga tributária que integra o valor dos combustíveis. Ele afirma que este novo reajuste deve ser repassado aos motoristas ainda nesta terça-feira (2) e avalia que novos aumentos podem acontecer ao longo do ano.

Além dos combustíveis, o gás de cozinha também teve um aumento de 5,2%. Rambalducci explica que o Brasil depende de importações para atender a demanda do mercado e todo reajuste realizado nos países que fornecem os insumos impacta o preço nacional do produto.

O economista considera que os aumentos também podem se refletir em outros serviços e produtos, como no preço dos alimentos. Ele cita a cesta básica, como um exemplo dessa dinâmica. Em fevereiro, o conjunto dos produtos apresentou uma redução de 7%, em comparação ao mês anterior. No entanto, de acordo com o professor, os valores podem voltar a crescer.

Rambalducci ainda ressalta que, por conta da entressafra da cana-de-açúcar, o etanol, que poderia ser uma alternativa ao valor elevado da gasolina, segue acompanhando os crescimentos no preço do combustível.