QUINTA, 28/05/2020, 08:38

Plano de Mobilidade Urbana para os próximos 20 anos é apresentado na Câmara de Londrina

Dados coletados em 21 mil e 800 entrevistas basearam as projeções para o trânsito da cidade.

Representantes do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina (Ippul) apresentaram à Câmara de Vereadores os detalhes do Plano de Mobilidade Urbana do município. A elaboração custou R$ 3,6 milhões e foi custeada pelo fundo legislativo, que serviria para a reforma do prédio da Câmara.

A execução ficou a cargo da Logit Engenharia, empresa paulista que fez 21,8 mil entrevistas para avaliar os deslocamentos dos londrinenses com os variados meios de locomoção, além de pesquisa de campo em 200 pontos da cidade.

O documento faz projeções para o transporte público e mobilidade urbana para os próximos 20 anos, como explica a diretora-presidente do Ippul, Denise Ziober.

O engenheiro Thiago Affonso Meira, gerente da Logit, comentou as características da cidade, como a preferência pelo transporte privado, que responde a 56% das viagens feitas na cidade por dia, contra apenas 18% do transporte público coletivo.


Segundo Meira, o problema poderia ser amenizado com uma melhor distribuição urbana, que ficaria a cargo do Plano Diretor.

Outra alternativa apresentada no plano é o incentivo ao uso da bicicleta. Londrina conta hoje com 41 quilômetros de ciclovias e apenas 1% da população usa bicicletas como meio de locomoção. De acordo com o engenheiro da Lovit, a baixa procura se deve à falta de conexão entre as ciclovias existentes.


A pesquisa também fez um mapeamento dos acidentes registrados na cidade nos últimos cinco anos. Em 2019, o trânsito londrinense registrou uma média de 15 acidentes por dia, com uma morte a cada cinco dias, sendo os motociclistas as principais vítimas.

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