QUINTA, 05/12/2019, 19:23

Polícia Federal está de olho em compartilhamento de pornografia infantil na região de Londrina

Operação prendeu três pessoas no estado e cumpriu mandados em Apucarana e Rolândia nesta semana. Investigação quer, agora, identificar quem produz e quem consome o material.

A Operação Olho na Rede, da Polícia Federal, que desbaratou um esquema de compartilhamento de pornografia infantil no estado esta semana, quer descobrir, agora, os responsáveis por produzir e também consumir esse tipo de material na internet. Três pessoas foram presas – duas em Curitiba e um em Quatro Barras – e dez mandados de busca e apreensão foram cumpridos, três deles no norte do estado: um em Apucarana e outros dois em Rolândia. Todos os mandados foram expedidos pela Justiça Federal.

Durante a operação, os policiais também prenderam de forma preventiva um homem que já havia sido detido, também por pedofilia, em outras três oportunidades. Ele é morador de São José dos Pinhais.

Segundo a polícia, foram apreendidos documentos, celulares e computadores. Os aparelhos já começaram a passar por perícia, e devem revelar a identidade de mais criminosos em breve. Os policiais também querem identificar as crianças vítimas dos abusos registrados. Nos HDs dos computadores, foram descobertas centenas de imagens de pedofilia.

 Os equipamentos, segundo a PF, foram apreendidos nas casas de suspeitos de integrarem essa rede de produção e compartilhamento de pornografia infantil. A localização deles só foi possível graças a um monitoramento virtual feito pelo setor de inteligência da Polícia Federal.

A pena para o armazenamento de pornografia infantil é de 2 a 4 anos de prisão, para o compartilhamento, de 3 a 6 anos, e para a produção das imagens, de 4 a 8 anos de reclusão. Para o crime de estupro de vulnerável, a pena é de 8 a 15 anos de prisão.

Em todos os casos, conforme a PF, as investigações seguem em andamento, em busca da identificação de outras pessoas envolvidas na rede de crimes, como os abusadores e produtores de imagens, mas principalmente das vítimas a serem resgatadas.

A CBN entrou em contato com a assessoria de imprensa da Polícia Federal em Curitiba, para saber mais detalhes dos trabalhos, mas não obteve retorno até o fechamento desta reportagem.

Por Guilherme Batista

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