A mobilização é nacional, mas afeta diretamente a Universidade Estadual de Londrina. Nesta sexta-feira professores da instituição, alunos bolsistas de cursos de graduação, pós graduação e dos mestrados aderiram a uma manifestação on line transmitida via youtube pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência;

O corte de mais  de 90% dos recursos previstos para o Ministério da Ciência e Tecnologia, proposto pelo Ministério da Economia, na semana passada pegou pesquisadores da UEL de surpresa, como explica o professor e pró-reitor da Proppg, núcleo de pesquisa e pós-graduação da UEL, Amauri Alcindo Alfieri. 

Parte do dinheiro seria destinado ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para contemplar a Chamada Universal de Editais, que representa o maior volume de programa de fomento da UEL. São 274 bolsistas de Iniciação Científica (IC), 34 de Iniciação Tecnológica (IT) e 52 bolsas Iniciação Científica/Ensino Médio (IC-EM). O pró-reitor da PROPPG da UEL explica que o corte inviabiliza os projetos científicos e as bolsas de estudos.  Atualmente a Universidade mantém 360 projetos envolvendo estudantes e orientadores

Segundo o professor, estudantes estão trabalhando de forma remota, mas devem se mobilizar e engrossar a manifestação de toda comunidade científica brasileira.  Amauri Alfieri lembra que com a pandemia o mundo passou a valorizar a ciência e o corte no financiamento das pesquisas pelo Governo Federal vai na contramão da valorização científica.

Além das 360 bolsas custeadas pelo CNPq, a UEL dispõe de outras 178 bolsas de IC custeadas pela Fundação Araucária, ligada à Superintendência de Ensino Superior, Ciência e Tecnologia do Paraná. Quanto às bolsas de mestrado e doutorado da UEL, a maior parte é paga pela CAPES, que também é recurso federal.