A crise é geral e afeta as empresas de todo o país. Resultado do distanciamento social e da redução drástica no volume de passageiros transportados pelas empresas de ônibus e do aumento dos gastos com manutenção e outras despesas, como o diesel dos ônibus.

Em Maringá, por exemplo, o subsídio foi a solução encontrada para reequilibrar o sistema e dar fôlego às empresas, mas também só veio depois de uma greve dos trabalhadores por falta de pagamento de salários no mês passado.

Em Londrina, o prefeito Marcelo Belinati chegou a dizer publicamente, algumas vezes, que não haveria subsídio do Município para o transporte público, mas com o impasse gerado pela falta de pagamento dos trabalhadores e uma greve que durou cinco dias em abril, o prefeito já admite o socorro da Prefeitura às empresas.

Belinati falou sobre o assunto na manhã desta sexta-feira na abertura da vacinação para os doentes com comorbidades, afirmou que o volume de passageiros nos ônibus da cidade durante a pandemia caiu de 150 mil para pouco mais de 50 mil e que o subsídio vem sendo uma solução encontrada por diversas cidades do país e disse que o assunto está sendo analisado tecnicamente pela CMTU.

O chamado reequilíbrio financeiro dos contratos começou a ser discutido entre as duas empresas responsáveis pelo transporte coletivo da cidade e a CMTU, que administra o sistema logo após a greve do mês passado.

O prefeito disse ainda que vai esperar pelo parecer da CMTU para definir a questão, afirmou que não abre mão da qualidade do sistema e já adiantou que há poucas possibilidades para resolver o problema.

Segundo o presidente do SINTTROL, o Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário de Londrina, José Faleiros, os profissionais receberam o salário do mês de abril nesta sexta-feira.

O presidente do SINTTROL comemorou o avanço nas negociações entre município e empresas e disse que os trabalhadores têm uma nova rodada de negociação com as empresas, na próxima semana, para renovação dos acordos coletivos da categoria.