O prefeito Marcelo Belinati anunciou, em coletiva de imprensa, na manhã desta terça-feira, medidas de contenção de despesas no poder público para conter os impactos da pandemia do coronavírus. A prefeitura vai enviar um projeto à Câmara de Vereadores para aportar R$ 2 milhões para um fundo garantidor, que garante a abertura de uma linha de crédito para micro e pequenos empresários, além de autônomos.

Desse total, R$ 1 milhão é oriundo do município e a outra metade do legislativo, que doou a verba que seria destinada à reforma do prédio para o combate a pandemia. A expectativa é de injeção de R$ 20 milhões na economia de Londrina. Esse fundo investido pelo executivo e pela Câmara só vai ser usado em caso de inadimplência. A pessoa consegue emprestar até R$ 60 mil com uma carência de até seis meses com uma taxa a partir de 0,56%. O empreendedor vai ter um prazo de até 12 meses para pagar o empréstimo. Essa linha de crédito vale para cooperativas como Sicoob, Uniprime, Sicredi e Cresol.

A segunda medida é um ajuste fiscal na máquina pública com o objetivo de economizar cerca de R$ 81 milhões. Para isso, o prefeito determinou a suspensão de horas extras, exceto para as áreas da saúde, da assistência social e fiscalização. Além disso, suspendeu as viagens a não ser que tenham relação com o combate ao vírus. Foram suspensas também as jornadas estendidas e vai ser feito um contingenciamento de despesas. Os salários dos servidores estão garantidos.

Outro projeto de lei vai ser enviado à Câmara. Esse suspende o repasse para o plano de saúde da Caapsml (Caixa De Assistência, Aposentadoria e Pensões Dos Servidores Municipais de Londrina), já que a autarquia tem um fundo investidor de R$ 42 milhões e consegue se manter com esse valor. O repasse agora vai para o fundo municipal de saúde, destinado ao combate a pandemia, como explica o secretário municipal de fazenda, João Carlos Perez.