O protesto, realizado por cerca de 70 moradores, foi em frente à praça de pedágio da BR-369 que está sendo reativada pela concessionária. As obras no local começaram dias depois da Justiça Federal determinar o fechamento de outra praça de pedágio da Econorte, a de Jacarezinho. A decisão também mandou baixar em quase 27% as tarifas nas praças de Sertaneja e Jataizinho.

A praça de Cambará estava desativada desde 2002, quando a concessionária conseguiu um aditivo junto ao Governo do Estado para transferir a cobrança para o pedágio de Jacarezinho. O prefeito de Cambará, José Salim Haggi Neto, participou do protesto com o grupo e diz que a reativação do pedágio, se for confirmada, vai representar um grande prejuízo para a população de Cambará e também de Andirá.

O prefeito afirma que a Econorte estaria sinalizando com a possibilidade de conceder isenção do pagamento do pedágio para os moradores das duas cidades. Mas, José Salim Neto avalia que pelo histórico de arrecadação da concessionária na região, o pedágio não deve ser reaberto. 

O prefeito diz que participaram da manifestação, vereadores, lideranças da região e o presidente do sindicato rural de Cambará. José Salim afirma ainda que se o pedágio for mesmo reaberto, vai realizar melhorias em uma estrada rural entre os dois municípios para que a comunidade possa usá-la como alternativa.

A Triunfo/Econorte recorreu da decisão judicial no Tribunal Regional Federal da 4ª Região e diz que ainda não há data para reativação do pedágio de Cambará. A concessionária é investigada em duas fases da operação Integração, que apura um suposto esquema de corrupção que relacionava a apresentação de aditivos aos contratos de pedágio ao pagamento de propina.