SEGUNDA, 10/09/2018, 18:56

Prefeito de Rolândia, secretários e servidores são afastados dos cargos e são alvos de operação do Gaeco

O grupo investiga irregularidades em licitações e recebimento de propina por parte dos agentes públicos. Três empresários também estão sendo acusados de fazer parte do suposto esquema criminoso. 

As equipes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e do Grupo Especializado na Proteção ao Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa (Gepatria), cumpriram na manhã desta segunda-feira a decisão do Tribunal de Justiça de afastamento do prefeito de Rolândia, Luis Francisconi Neto, de cinco secretários municipais, do chefe de gabinete do prefeito, de dois procuradores do Município e mais um servidor, como destaca o coordenador estadual do Gaeco Leonir Batisti.

O TJPR determinou ainda o uso de tornozeleira eletrônica dos réus e de mais três empresários. Também foi determinada quebra de sigilo bancário deles, que são acusados de corrupção, peculato, falsificação e crimes contra licitação. A ação faz parte da Operação Patrocínio, que cumpriu também 17 mandados de busca e apreensão em Rolândia, Londrina e Cambé. Seis em gabinetes da prefeitura, outros oito em residências, incluindo as do prefeito e dos secretários, e três em empresas.

Segundo o Ministério Público (MP), uma das empresas investigadas chegou a pagar R$ 150 mil a Francisconi e aos demais integrantes do grupo. A prefeitura restringia a participação de outras concorrentes e delimitavam o ramo da atividade empresarial.

Na lista dos afastados, além do prefeito da cidade, o Chefe de Gabinete Victor Hugo da Silva Garcia, o secretário de desenvolvimento econômico Dario Campiolo; o secretário de educação Claudio Pinho; a secretária de saúde Rosana Alves; o Procurador-Geral do município Carlos Frederico Viana Reis; o subprocurador, Lucas Fernando da Silva; o secretário de cultura Fernando Pina; o secretário de infraestrutura Vanderlei Massussi e a servidora pública da secretaria de cultura Carolina Erdei Garcia (esposa do chefe de gabinete da cidade).

De acordo com levantamento do Gaeco, o rombo nos cofres da prefeitura chegou a R$ 200 mil. Mas, há indícios de irregularidades em outras licitações, que totalizam mais de R$ 7 milhões. A investigação continua.

Por Claudia Lima

Comentários