SEGUNDA, 10/09/2018, 18:56

Prefeito em exercício de Rolândia nomeia novos titulares após justiça afastar o próprio Prefeito, cinco secretários e Procuradores do Município.

Roberto Negrão se disse surpreso com a Operação do Gaeco e afirmou que os seguidos escândalos políticos têm deixado a população da cidade entristecida.

Com a decisão do TJ de afastar o prefeito de Rolândia, Luis Francisconi Neto, o vice-prefeito da cidade, Roberto Negrão, assumiu o Executivo Municipal. Também foram afastados pelo Tribunal de Justiça, o chefe de gabinete de Francisconi, Victor Hugo Garcia, cinco secretários e dois procuradores, além de um servidor municipal e três empresários. Negrão tinha assumido o Executivo na semana passada, já que Luiz Francisconi saiu de férias.

O prefeito em exercício de Rolândia, afirma que passou a segunda-feira reunido com os secretários que não foram afastados pela justiça para tomar algumas decisões e também nomeou os novos gestores das pastas que perderam seus titulares.

Segundo o prefeito em exercício, apenas três Secretarias seguem sem titulares, mas a situação deve ser resolvida já nesta terça-feira. Negrão, que se disse surpreso com a Operação, afirma que os seguidos escândalos políticos na cidade têm deixado a população entristecida, mas diz que é preciso seguir em frente.

Todos os dez investigados pelo Gaeco passaram a usar tornozeleira eletrônica e também tiveram o sigilo bancário quebrado. Eles são acusados de crimes como corrupção, peculato, falsificação e crimes contra licitação. A Operação Patrocínio também cumpriu 17 mandados de busca e apreensão em Rolândia, Londrina e Cambé. Seis deles em gabinetes da Prefeitura, oito em residências, incluindo as do prefeito e dos secretários, e outros três em empresas.

De acordo com o Ministério Público, uma das empresas investigadas teria pago R$ 150 mil ao Prefeito Francisconi e aos demais integrantes do grupo, para restringir a participação das concorrentes. De acordo com o Gaeco, o suposto esquema teria desviado cerca de R$ 200 mil dos cofres do Município. A investigação continua e segundo o Ministério Público há indícios de irregularidades em outras licitações, que podem totalizar mais de R$ 7 milhões.

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