SEGUNDA, 17/02/2020, 19:06

Prefeito que teria usado carro oficial para ir até motel em Londrina argumenta que aceitou acordo com Ministério Público para “preservar a família”

Ele também nega ida até o motel com servidora, e garante que só usa os veículos da prefeitura em prol dos “interesses da coletividade”.

A defesa do prefeito de Santa Cecília do Pavão, Edimar Aparecido Pereira dos Santos, do PTB, enviou uma nota à CBN nesta segunda-feira comentando o Termo de Ajustamento de Conduta firmado entre o chefe do Executivo e o Ministério Público no processo que o investigava pelo uso de um carro oficial do município para fins particulares.

No TAC, que também inclui a primeira-dama, Maria Eliza Gavioli dos Santos, o casal se dispõe a pagar uma multa de R$ 18.650,46 pela prática irregular. O dinheiro vai ser devolvido aos cofres do município. Segundo o Ministério Público, o prefeito da cidade do norte pioneiro teria usado o veículo oficial para ir até um motel em Londrina com uma servidora comissionada. A distância percorrida por ele na ocasião foi de 200 km – cem para ir e cem para voltar.

Ainda conforme a promotoria, a primeira-dama, que também é secretária municipal de Assistência Social, teria ficado sabendo da viagem do marido e utilizado outro carro oficial para ir com a filha atrás dele até o motel. O MP conseguiu confirmar os dois percursos por meio de imagens da praça de pedágio que fica no meio do caminho, em Jataizinho, na BR-369.

Na nota, a defesa de Santos argumenta que ele nunca esteve em motel algum ou com qualquer pessoa que seja, e que em nenhum momento o prefeito usou o veículo oficial que não fosse em prol do interesse da coletividade ou dos munícipes de Santa Cecília do Pavão. O comunicado também destaca que é “inerente ao cargo de prefeito participar de reuniões, eventos e de outras atividades nas cidades próximas”, e que a passagem pela praça de pedágio não serve para provar que, na ocasião, ele estava utilizando o carro para fins particulares.

A defesa finaliza a nota confirmando que o prefeito assinou o TAC com o único objetivo de preservar a sua “instituição familiar”.

Por Guilherme Batista

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