Prefeitura anuncia medidas para contornar a situação dos moradores de rua
A criação de mais vagas em casas de passagens, a contratação de novos servidores e até parceria com a escola de circo são as possíveis soluções que o município aposta.
Três frentes para ampliar a abordagem de atendimento para a população de rua foram anunciadas pela Prefeitura de Londrina em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (9). A principal foi apresentação de 15 novos concursados para cargo de orientador social e chamamento da mais 10 profissionais. O município atuava apenas com 17 profissionais na Assistência Social para atender toda demanda. Também foi anunciada contratação de profissionais da área da saúde como médicos psiquiatras e psicólogos para tratamento de dependentes químicos. Na primeira ação na última sexta-feira, na rodoviária de Londrina 10 pessoas foram encaminhadas para atendimento médico.
Segundo a secretária de assistência social, Jaqueline Micali, as medidas precisam ser mais amplas principalmente em locais de maior concentração.
Outra alternativa encontrada para convencer jovens e adultos a saírem das ruas é por meio da abordagem social com ajuda da Escola de Circo que irá desenvolver um projeto com música, grafite, arte e dança como o hip hop, como conta coordenador do projeto, Sergio Oliveira.
Jovens que já saíram das ruas por meio de políticas sociais também irão ajudar no convencimento e acolhimento. É o chamado Educador Par, iniciativa já implantada em outros municípios como Belo Horizonte. Em Londrina, Jeniton Stein, de 26 anos, que morou seis anos nas ruas será o primeiro voluntário que irá contar sua experiência para tentar resgatar outras pessoas.
A Prefeitura também anunciou novas vagas nas Casas de Passagem. A partir do dia 1º de janeiro, serão 60 vagas de pernoite noturna permanente, sendo 10 para mulheres e 50 para homens.
Para a promotora de saúde pública, Suzana de Lacerda, as políticas públicas precisam ser mais amplas. Outro alerta é evitar doações de roupas e comidas em praças e bosque e esmola nos semáforos para não estimular permanência dos morados de rua. A ideia é que o atendimento seja concentrado em serviços públicos adequados.
Em Londrina, 170 pessoas são atendidas pelos servidores da área social. Cerca de 500 abordagens são realizadas por mês.