O prazo para envio das informações sobre o esquema de cobrança de propina para cancelar ou abater dívidas do IPTU chegou a ser prorrogado pela Câmara por mais 15 dias. O pedido foi feito pelo vereador Filipe Barros, do PRB, em meados de novembro. Segundo o secretário de Fazenda e Planejamento, Edson de Souza, as respostas foram enviadas na última sexta-feira, mas nem todas as perguntas puderam ser respondidas, por conta do sigilo do caso.

Além do procedimento administrativo aberto pela Prefeitura, o caso também é investigado pelo Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado, o Gaeco, desde o fim de setembro. Segundo Edson de Souza, pelo menos um servidor da secretaria de Fazenda já foi identificado. O secretário afirma que 54 inscrições no cadastro imobiliário do Município que tiveram débitos cancelados já foram identificadas, algumas para uma mesma pessoa física ou jurídica.

O caso começou a ser investigado pela Prefeitura em maio, logo após receber as primeiras denúncias. De acordo com Edson de Souza, se o esquema não tivesse sido descoberto poderia ter causado ao Município um prejuízo entre R$ 600 mil e R$ 700 mil. As fraudes teriam ocorrido em 2016, mas fatos anteriores também estão sendo investigados.