QUARTA, 19/09/2018, 08:34

Primeira sessão depois do julgamento que absolveu os vereadores afastados, Rony Alves e Mário Takahashi, foi tumultuada

Até a polícia foi chamada ao prédio do Legislativo nesta terça-feira

A sessão ainda não havia começado e a polícia militar já circulava pelo prédio da Câmara. Três viaturas com seis policiais se posicionaram na entrada da Praça dos Três Poderes.

Os policiais foram acionados pelo vereador Jamil Janene (PP), que estava acompanhado de dois advogados dentro da Câmara. Ele se sentiu ameaçado pelo ex-vereador, Émerson Petriv (PROS), o Boca Aberta, que estava do lado de fora do prédio, conversando com os jornalistas.

Jamil Janene registrou um boletim de ocorrência contra Boca Aberta, por conta de uma medida protetiva que vigora desde 25 de Outubro do ano passado. De acordo com a medida, Boca Aberta precisa manter uma distância de 500 metros de Janene e do prédio da Câmara. A medida contra Boca Aberta, vale também para os vereadores afastados, Rony Alves e Mário Takahashi.

Boca Aberta saiu dos arredores da Câmara antes que a polícia se aproximasse dele.

O advogado de Janene, Marcos Prochet Filho, afirmou que a polícia foi acionada por conta de ameaças contra o vereador.  

Em entrevista à imprensa, Boca Aberta, alega que a decisão do Tribunal de Justiça (TJ- PR) de cassar a inelegibilidade de sua candidatura se estende para a cassação do cargo dele no Legislativo. Ele alega que tem direito de voltar à Câmara como vereador. Petriv foi cassado em 2017por ter feito uma vaquinha virtual para pagar uma multa eleitoral. Ele falou da pretensão de reassumir uma cadeira na Câmara na próxima quinta-feira, no lugar de José Roque Neto (PR), seu suplente.

Apesar da pretensão do ex-vereador, a decisão da Desembargadora, Astrid Maranhão de Carvalho Ruthes, suspende apenas, parcialmente, a eficácia da decisão cassatória, ou seja, excepcionalmente para permitir o registro de candidatura de Émerson Petriv à Deputado Federal.

O esclarecimento da questão foi feito pela desembargadora a pedido do Magistrado, Marcus Renato Nogueira Garcia. Émerson Petriv não entende a decisão dessa forma.

Em entrevista o presidente da Câmara Ailton Nantes (PP) afirmou que a Casa ainda não foi notificada de nenhuma decisão.

Nota Retorno - O Procurardor Jurídico da Câmara, Miguel Aranega, esteve em Curitiba, nesta terça-feira para ser notificado pessoalmente da decisão.

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