O Procon notificou a Sanepar para que explique como foi calculado o aumento de 8,53% divulgado pela  Companhia em maio. O reajuste, que foi autorizado pela Agência Reguladora do Paraná, a Agepar, começou a valer no início deste mês. Segundo o coordenador do Procon, Gustavo Richa, o órgão tomou a medida devido às reclamações e a insatisfação gerada pelo aumento. A Câmara de Vereadores também protocolou um questionamento sobre o reajuste no Procon. A repercussão do aumento, de acordo com o coordenador, levou o órgão a elaborar um estudo para verificar se o reajuste na tarifa foi mesmo de 8,53%, como anunciou a Sanepar. Segundo Richa, o estudo revelou números acima dos divulgados pela empresa. Na Tarifa Social, por exemplo, o aumento seria de pouco mais de 14% e, na Tarifa Residencial mais de 12%.

Segundo o coordenador, se as explicações não convencerem o Procon pode abrir um processo administrativo contra a Sanepar. E se forem constatadas irregularidades, a empresa pode sofrer sanções. Outro questionamento do órgão se refere ao valor médio do metro cúbico, já que a partir de agora todos os consumidores têm que pagar um valor mínimo de 5 metros cúbicos, independente de terem consumido menos que isso. Antes, a tarifa mínima era de 10 metros. Richa fala em um aumento de quase 95% no valor médio do metro cúbico.

O coordenador do Procon informou ainda que a Sanepar deve receber a notificação nesta segunda-feira e terá um prazo de dez dias para enviar os esclarecimentos.

O reajuste, segundo a empresa, faz parte de um reposicionamento tarifário, de pouco mais de 25%, que vai ser aplicado nos próximos oito anos. Esse aumento de 8,53% na tarifa de junho é apenas a primeira parcela. As restantes serão anuais, de pouco mais de 2%, somadas à correção monetária do período, com base na taxa Selic.

Tentamos falar com a assessoria da Sanepar em Londrina sobre a notificação do Procon, mas não conseguimos contato até a finalização da reportagem.