SEGUNDA, 17/06/2019, 06:40

Produção industrial fica estável no Paraná em abril

Ritmo de crescimento diminui e acompanha tendência observada no resto do país. Setor de máquinas e equipamentos foi destaque, com crescimento de pouco mais de 22%.

O crescimento de apenas 0,3% em abril, divulgado pela pesquisa mensal do IBGE, revela que a produção industrial do Paraná sofreu uma redução no ritmo de crescimento que vinha tendo desde janeiro e ficou praticamente estável. Acompanhando o resultado da pesquisa nacional. Quando comparado ao mesmo mês do ano passado, os números do estado mostram uma alta de 2,1%. Situação bem diferente do país, que teve queda de quase 4%.

No acumulado de janeiro a abril, o Paraná apresentou elevação de pouco mais de 6% na produção industrial, enquanto no Brasil a redução foi de 2,7%. O economista da Fiep, Evânio Felippe, diz que a pesquisa do IBGE revela um cenário de acomodação nos últimos meses. Ele afirma ainda que os resultados mostram que, embora o ritmo de aumento da produção industrial no estado venha caindo mensalmente, o Paraná, junto com o Rio Grande do Sul, ainda é destaque do setor no Brasil.

De acordo com o economista, os números poderiam ser melhores se algumas dificuldades políticas do país já tivessem sido superadas, além de uma retração do mercado internacional.

No acumulado de janeiro a abril, o aumento da produção industrial no Paraná teve no setor de máquinas e equipamentos o grande carro chefe, com crescimento de pouco mais de 22%. Em seguida aparece o segmento automotivo, com 15,6. E o de alimentos em terceiro lugar, com 10%. O economista da Fiep afirma que os três setores são os que mais têm contribuído para os resultados do Paraná no ano.

Em relação à utilização da capacidade instalada, comparando abril deste ano com o mesmo mês de 2018, pouco mais de 53% dos empresários afirmaram estar operando abaixo do normal. Já em março, o número era de 38,6%. O estoque de produtos finais também ficou acima do planejado para 33% das empresas pesquisadas, contra 27% registrados no mês anterior. Os dados, segundo a Fiep, apontam para uma dificuldade maior em vender a produção.

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