QUARTA, 10/11/2021, 18:21

Produção industrial paranaense registra quatro meses de desaceleração

Das mais de 10 atividades pesquisadas pelo IBGE, o setor de alimentos registrou a maior queda no acumulado do ano e ajudou a segurar recuperação mais consistente da indústria.

Com oscilações mensais e uma desaceleração que vem desde junho, a produção industrial do Paraná vem perdendo fôlego. Os indicadores divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, nesta quarta-feira, mostram que na variação mensal o resultado de setembro registrou queda de 0,4%. Das 15 regiões mais industrializadas do país monitoradas pelo instituto, apenas seis registraram alta.

O economista da Federação das Indústrias do Paraná, Evânio Felippe, diz que a avaliação mês a mês vem oscilando em 2021, com uma performance que registra mais quedas do que altas. O que, de acordo com Evânio Felippe, sinaliza uma certa fragilidade da produção industrial paranaense, que vem sofrendo também com a falta de insumos e o aumento dos custos de produção, principalmente a energia.

O economista afirma ainda que a queda no ritmo da produção industrial paranaense pode ser justificada pela baixa demanda interna, provocada principalmente pelo desemprego e a diminuição da renda média do brasileiro.

Na comparação com setembro de 2020, a indústria paranaense teve uma leve alta de 0,9%. Já no acumulado de 2021 o resultado é bem melhor, um aumento na produção de pouco mais de 13%.

Evânio Felippe diz que é preciso ter cuidado ao comparar os números de 2020, fortemente afetados pela pandemia, com os dados deste ano, em que o cenário já é bem diferente para a indústria.

Das mais de 10 atividades pesquisadas, o setor de alimentos foi o que registrou a maior queda na produção nos primeiros nove meses do ano, 6,3%. O economista da Fiep diz que o setor de carnes, por exemplo, que representa quase 10% do PIB industrial do Paraná, tem registrado retração no consumo, por conta do aumento dos preços e pelas dificuldades na exportação do produto.

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