TERCA, 11/05/2021, 18:19

Produção industrial paranaense tem crescimento expressivo em março na comparação com mesmo mês de 2020

Economista da Fiep alerta que além da escassez de matéria-prima e dos altos preços, retomada da atividade industrial vai depender também do ritmo da vacinação no país.

O dado foi divulgado nesta terça-feira pelo IBGE. A produção industrial paranaense teve alta de pouco mais de 12% em março na comparação com o mesmo mês de 2020. Já em relação a fevereiro deste ano, a indústria do estado registrou queda de 1%. O economista da Federação das Indústrias do Paraná, Fiep, Evânio Felippe, explica que em março de 2020 a indústria começou a sentir os primeiros efeitos da pandemia, com a interrupção total de várias atividades por todo o país, e registrou um crescimento bem abaixo, por exemplo, do primeiro bimestre.

O economista avalia que a alta de 12% é um bom resultado e acaba gerando uma expectativa de melhora na atividade industrial para os próximos meses.

Evânio Felippe diz ainda que para a confirmação dessa expectativa de melhora na indústria, o ritmo de crescimento da produção precisa se manter nos níveis do primeiro trimestre, que chegou a 9% em relação ao mesmo período do ano passado.

De acordo com o economista, uma dificuldade apontada pelos empresários na sondagem Industrial de março da Fiep foi o aumento dos custos de produção. Do total de entrevistados, 85% apontaram a escassez e os altos preços das matérias-primas, além da carga tributária, como principais problemas para a retomada da economia.

O economista alerta que, além da escassez de matéria-prima, dos altos preços e da carga tributária, a retomada da atividade industrial vai depender também do ritmo da vacinação.

Em março, das 13 atividades industriais acompanhadas, apenas a fabricação de papel e celulose teve desempenho ruim, com queda de 6,2%. Destaques positivos para o setor de madeira, com alta de quase 60%, seguido por móveis, com mais de 38%.

No Brasil, o aumento da atividade industrial ficou abaixo da paranaense e chegou a 10,5% em março na comparação com o mesmo mês do ano passado. Santa Catarina registrou o melhor resultado do país, com alta de 36,5%.

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