SEGUNDA, 19/06/2017, 00:45

Professores da UEL fazem paralisação em protesto contra decisão do governo que obriga instituições de ensino superior a instalarem programa de gestão da folha de pagamentos

Para o Sindiprol/Aduel, a medida do governo é parte de um ataque à autonomia das Universidades.

A disputa entre o governo do estado e a UEL em torno do sistema de informática Meta 4, ao que tudo indica, vai longe. Depois da decisão do governo de bloquear R$ 6 milhões de recursos próprios da Universidade em resposta à negativa da UEL em aderir ao programa e dos protestos da Reitoria e do Conselho Universitário, agora foi a vez dos professores se mobilizarem contra a medida. Segundo Nilson Magagnin Filho, presidente do Sindiprol/Aduel, o sindicato dos Docentes da UEL, diversas categorias decidiram paralisar as atividades, nesta terça-feira, para protestar contra a medida. Segundo Magagnin, a decisão do governo é na verdade um ataque à autonomia universitária, não só da UEL.

Para Magagnin, tanto as alterações na TIDE quanto a quebra da autonomia universitária, que segundo ele seria gerada pela adesão ao Meta 4, vão trazer prejuízos ao ensino, à pesquisa e à extensão.

O presidente do Sindiprol diz que a categoria quer esgotar todas as possibilidades de negociação com o governo e que por enquanto não se falou em greve.

Magagnin diz que uma decisão judicial de 1992 já tinha garantido à UEL e à UEM a gestão financeira completa do pessoal. O chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni, confirmou que o governo do estado mantém a determinação de que todos os órgãos estaduais, incluindo as universidades, devem aderir ao Meta 4, o sistema de gestão da folha de pagamentos do estado.

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