TERCA, 27/11/2018, 19:28

Promotor diz que desvio de recursos por servidores da Prefeitura de Bandeirantes têm forte impacto nas contas do Município

Ministério Público pediu a quebra dos sigilos fiscal e bancário dos quatro funcionários e não descarta participação de mais pessoas no esquema, que já teria desviado R$ 900 mil.

As investigações do Ministério Público começaram após uma denúncia anônima. Os quatro servidores da Prefeitura de Bandeirantes foram presos temporariamente e são suspeitos de desviar R$ 900 mil da conta do Executivo Municipal. O promotor Francisco Ilidio Hernandes explica que a investigação continua buscando mais recursos desviados pelo grupo.  Os R$ 900 mil apurados até agora ocorreram apenas entre janeiro de 2017 e abril de 2018, e segundo o promotor têm forte impacto nas contas do Município.

A Operação Alecto é resultado de uma investigação do Gepatria de Santo Antônio da Platina, iniciada em março deste ano.  A Justiça já autorizou, além da quebra dos sigilos bancário, fiscal e financeiro dos investigados, o sequestro de bens e o bloqueio das contas bancárias.

De acordo com o promotor, os funcionários tinham acesso aos sistemas da Prefeitura e transferiam recursos das contas do município diretamente para suas contas bancárias. Os quatro também fraudavam as prestações de contas para ocultar os desvios.

O grupo, composto por um servidor do setor de controle interno da Prefeitura, dois da área de Recursos Humanos e um tesoureiro, é investigado por três crimes: associação criminosa, peculato e lavagem de dinheiro.

 De acordo com o promotor, pelo volume de documentos que precisam ser analisados, o Ministério Público deve pedir a prorrogação da prisão temporária dos quatro envolvidos. Segundo Francisco Ilídio Hernandes, investigados e testemunhas já estão prestando depoimento.

Além dos mandados de prisão, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão nas residências dos funcionários e na Prefeitura.  A Operação Alecto teve a participação do Gaeco de Londrina, da Polícia Militar e das promotorias de Cornélio Procópio, Wenceslau Braz, Andirá e Congonhinhas. A prefeitura de Bandeirantes informou que, por enquanto, não vai se manifestar sobre a operação.

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