Uma reunião remota promovida pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara de Vereadores de Londrina discutiu a necessidade da criação de uma lei municipal para regulamentar vídeochamadas em unidades de saúde. Com a pandemia da Covid-19 e a eventual restrição a visitas por conta do risco de contágio, as videochamadas surgiram como alternativa de contato de amigos e familiares. No entanto, falta segurança jurídica por parte dos profissionais de sáude para permitir o uso da ferramenta.

A presidente da Associação Médica de Londrina, Beatriz Tamura, saiu em defesa das videochamadas, que auxiliam na questão emocional dos pacientes e ajudam no tratamento. Ela afirmou que o Conselho Regional de Medicina do Paraná prepara uma nota técnica para orientar os profissionais sobre o uso correto, priorizando o registro da face do paciente, evitando a exposição de outros pacientes e profissionais, e ainda preservando o sigilo das informações.

A coordenadora da Comissão de Bioética da OAB Londrina, Franciane Campos, citou casos de profissionais que estão sendo advertidos por instituições de saúde por promoverem videochamadas entre pacientes e familiares usando seus próprios telefones celulares.

A vereadora Lu Oliveira, presidente da Comissõa de Direitos Humanos, afirmou que está elaborando um projeto de lei para regularizar a visita hospitalar virtual, com o objetivo de diminuir a angústia de familiares que muitas vezes ficam sem informações sobre o quadro de saúde, e também como ferramenta de amparo emocional a quem está internado.