SEGUNDA, 21/08/2017, 19:54

Relator pede arquivamento de processo contra o vereador Filipe Barros, mas é voto vencido e Comissão de Ética decide advertir vereador por escrito

Coletivo de Sindicatos reclama de tratamento diferenciado na Câmara e diz que vai à justiça para que seja aberta uma Comissão Processante para investigar Barros.

A Reunião Pública da Comissão de Ética para analisar o relatório final do processo disciplinar contra o vereador Filipe Barros, do PRB, foi realizada no Plenário da Casa. A expectativa era de que seria um dia de casa cheia. Mas nas galerias da Câmara havia mais faixas pedindo a cassação do vereador que sindicalistas. A Reunião começou com a leitura do relatório do vereador Jamil Janene. O relator da Comissão de Ética votou pelo arquivamento do processo contra Filipe Barros. Janene negou que o voto dele fosse corporativista e minimizou o xingamento aos sindicalistas, dizendo que a questão virou uma briga pessoal do vereador com os sindicalistas. E completou dizendo que Barros pediu desculpas e que esse fato foi determinante para o relatório dele.

Janene disse ainda que não há tratamento diferenciado nos casos de Filipe Barros e Boca Aberta, que também enfrenta uma investigação na casa, mas nesse caso resultou em uma Comissão Processante, que pode terminar até em cassação.

Janene foi voto vencido. O presidente da Comissão de Ética, vereador Pastor Gerson Araújo, do PSDB, e o vice-presidente Vilson Bittencourt, do PSB, votaram contra o relatório de Janene e indicaram como pena para Filipe Barros uma censura por escrito. Assim como Janene, Bittencourt disse que não há dois pesos e duas medidas no tratamento dado a Barros e Boca Aberta. E afirmou que a Comissão tratou com toda cautela os dois casos. Para o vereador, a infração cometida por Filipe Barros não era motivo para cassação.

Filipe Barros é acusado, em duas representações protocoladas pelo Coletivo de Sindicatos de Londrina, de ofender verbalmente alguns participantes da greve geral do dia 28 de abril. O Coletivo de Sindicatos afirma que as representações contra o vereador foram indevidamente enviadas para Comissão de Ética, em vez de terem seguido para o plenário. Os sindicatos querem que o processo disciplinar contra Filipe Barros seja enviado ao Plenário para ser votado por todos os vereadores. Para Sandro Ruhnke, representante do Coletivo de Sindicatos de Londrina, o caso de Filipe Barros é agravado pelo fato de que o vereador planejou tudo.

Sandro Ruhnke afirmou ainda que o Coletivo de Sindicatos vai à justiça tentar reverter a decisão da Comissão de Ética.

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