SEGUNDA, 18/06/2018, 06:35

Representações contra os vereadores Filipe Barros e Gerson Araújo são arquivadas pela Câmara

Ambas as representações pediam a abertura de uma Comissão Processante que poderia cassar os cargos dos parlamentares por quebra de decoro.

A Mesa Executiva da Câmara de vereadores arquivou os pedidos de representações contra dois vereadores de Londrina, ambas por falta de decoro parlamentar. O pedido que poderia levar à cassação dos cargos foi ao vereador Filipe Barros, do PSL, e ao Gerson Araújo, do PSDB.

A representação, contra o vereador Filipe Barros, foi por não andar de acordo com o cargo que ocupa, cometendo injúria racial, intolerância religiosa e promove incitação a violência.

A denuncia foi feita no final do mês de março, por um representante sindical, depois de o vereador já ter arquivada outra representação contra ele pelo mesmo motivo. 

O pedido da abertura de uma Comissão Processante com a possibilidade de uma cassação foi realizado bem próximo de completar um ano da greve geral, em que Filipe Barros, havia ofendido grevistas em frente ao Terminal Urbano Central de Londrina e divulgou o vídeo nas redes sociais.

Já a representação ao vereador Gerson Araújo, foi feita por uma civil que acusou o parlamentar de suposto ato de improbidade administrativa em relação ao caso Iguaçu do Brasil. Segundo a representação, o parlamentar teria tentado obter vantagem indevida da empresa Iguaçu do Brasil. A empresa é acusada de aplicar um golpe milionário em Londrina e Maringá, lesando dezenas de cidadãos em transações imobiliárias.

Araújo havia sido condenado, em 1º grau, pela justiça por improbidade administrativa por “tentar favorecer a desapropriação de um terreno e beneficiar a construtora”.

De acordo com o presidente da Câmara de vereadores, Ailton Nantes, do PP, contra Araújo por se tratar de uma condenação em 1º grau não há como dar sequência a uma representação por uma denuncia que ainda cabe recurso. Já no caso de Barros, uma mesma denuncia já havia sido arquivada e não existe a possibilidade de ser diferente a decisão da Mesa Executiva, uma vez já arquivada.

Filipe Barros é advogado e foi eleito pelo PRB com 4.227 votos, anunciou a mudança de partido no final de março desse ano, quando se filiou ao PSL.

O parlamentar também foi alvo de ação por intolerância religiosa em dezembro de 2016. O Ministério Público entrou com ação contra o vereador por ter postado um vídeo nas redes sociais em que chama de “macumba” uma apresentação da Semana da Pátria feita para estudantes da rede municipal.  Filipe Barros, à época alegou “perseguição político-partidária”.

Antes disso, ele também já havia sido investigado na Justiça Eleitoral por compra de votos, mas as denúncias foram arquivadas.

Gerson Araújo é pastor, formado em teologia e pedagogia foi eleito na última eleição com 2.541 votos. Foi eleito como vereador de Londrina por quatro vezes. Foi presidente da Câmara e prefeito de Londrina em 2012. Assumiu a prefeitura de Londrina no dia 20 de setembro de 2012, cargo no qual permaneceu até 31 de dezembro do mesmo ano, à época era Presidente da Câmara, ele tomou posse após o então prefeito José Joaquim Ribeiro renunciar ao cargo. Araújo ainda teve o cargo político cassado, em 2015 pelo Tribunal Superior Eleitoral - TSE por concorrer às eleições atuando como prefeito de Londrina. Segundo a decisão do TSE, o fato entra em conflito com o artigo 14 da Constituição, que exige a desincompatibilização nos seis meses anteriores para que o então prefeito pudesse concorrer a outro cargo eletivo.

Comentários