TERCA, 21/02/2017, 19:03

Reunião pública discute falta de vagas e fim do tempo integral nas creches do município

Segundo vereador, meio período nas creches solucionou o problema da falta de vagas, mas criou dificuldades para pais e mães de alunos.

A decisão de acabar, no final do ano passado, com o tempo integral nas creches do Município resolveu um problema, mas criou outro. Essa é a opinião do presidente da Comissão de Educação da Câmara, vereador Amaury Cardoso. A medida foi tomada pelo executivo, ainda na gestão Alexandre Kireef,  para aumentar a capacidade de atendimento dos Centros Municipais de Educação Infantil. Mas segundo o parlamentar, as creches apenas em meio período criaram um problema para muitas famílias, que não têm com quem deixar as crianças no restante do dia. De acordo com Amaury Cardoso, muitas mães relataram que, sem opção, tiveram que tirar os filhos da escola.

Para o vereador, o prejuízo maior é das crianças.

Segundo o presidente da Comissão de Educação, a cidade está longe das metas definidas pelo Plano Nacional de Educação, sancionado em 2014 pelo Governo Federal. De acordo com o PNE, todas as crianças de 4 e 5 anos deveriam estar na escola até 2016. O Plano também previa a ampliação da oferta de vagas nas creches para atender a, no mínimo, 50% das crianças de até 3 anos. Para Amaury Cardoso, estamos ainda muito distantes do ideal quando o assunto é educação infantil integral.

De acordo com números da Secretaria de Educação de Londrina, no segundo semestre do ano passado a procura pela rede pública teve um aumento de mais ou menos 30%. Com isso, a fila de espera por uma vaga, que tinha cerca de 5,5 mil crianças, em junho, chegou a 7 mil em dezembro.

Participam da reunião pública desta quarta-feira na Câmara, a juíza Camila Gutzlaff; o promotor da Vara da Infância e Juventude, Leonardo Nogueira da Silva; a secretária de Educação, Maria Tereza de Moraes; a secretária de Assistência Social, Nádia de Moura, e o defensor público Gabriel Fiel Lutz, entre outros.

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