SEGUNDA, 17/07/2017, 01:50

Rolândia fica fora do acordo que reduz preço do pedágio e prefeitura estuda entrar na justiça

Prefeitura de Arapongas assina acordo com concessionária e moradores vão ter desconto de quase 80% no pedágio da BR-369.  Mas os moradores de Rolândia ficaram de fora e o prefeito da cidade, que nem foi chamado para a reunião que selou o acordo, diz que está estudando medidas judiciais para o caso.

A Prefeitura de Arapongas e a Viapar assinaram um acordo que garante desconto de 79% do valor da tarifa para veículos leves e de 74% para veículos pesados com até três eixos. Com a mudança, o preço do pedágio para carros pequenos passa de R$ 8,20 para R$ 1,70. De acordo com o prefeito de Arapongas, Sérgio Onofre, a concessionária também se comprometeu a investir cerca de R$ 16 milhões em obras no município. A principal delas é a construção da marginal da PR-444, com previsão de custo de R$ 12 milhões, além da iluminação na pista entre o distrito de Aricanduva e Arapongas.

O desconto vai beneficiar apenas trabalhadores, estudantes e pessoas que estão em tratamento médico que moram em Arapongas. De acordo com Onofre, no total, a concessionária pretende liberar 9 mil passagens de veículos por mês.

O movimento Tarifa Zero informou á reportagem da CBN Londrina que o acordo foi fechado sem a concordância do movimento. Um dos integrantes do movimento, Célio Silva, diz que alguns representantes do Tarifa Zero participaram de uma reunião com o prefeito, e que após isso levariam o assunto ao restante do grupo. Mas Silva afirma que antes disso o prefeito teria divulgado o acordo.

Os protestos do Movimento Tarifa Zero já duram alguns meses e se transformaram numa verdadeira briga de gato e rato, entre a concessionária e a Viapar, com constantes bloqueios e aberturas de uma estrada alternativa usada pelos moradores da região para fugir do pedágio. Os moradores de Rolândia também fazem parte do Tarifa Zero, mas ficaram de fora do acordo. O prefeito da cidade, Luiz Francisconi Neto diz que vai manter a estrada do Ceboleiro aberta e melhorar as condições dela. O prefeito diz que o Município está estudando alguma medida jurídica para o caso e afirma que não foi consultado, nem chamado, para a reunião que selou o acordo.

O Movimento Tarifa Zero também anunciou que também vaia justiça questionar o acordo.

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