O vereador afastado Rony Alves já está com tornozeleira eletrônica novamente. Ele estava sem o equipamento desde abril, quando terminou o prazo de 90 dias determinado pela justiça. Mas, agora, por nova determinação judicial, ele voltou a ser monitorado eletronicamente. A instalação foi feita na manhã desta quarta-feira no Centro de Reintegração Social de Londrina (Creslon).

E está agendada, ainda para esta semana, a colocação da tornozleira também no vereador afastado Mario Takahashi. O advogado dele, Michel Neme confirmou o agendamento, mas disse que ainda aguarda uma posição judicial que pede a revogação dessa decisão de retorno do monitoramento eletrônico. Na lista de alegações, está a de que o cliente dele não deixou de cumprir nenhuma das medidas cautelares impostas pelo juiz, desde que retirou o aparelho, em abril. Não havendo fatos novos, na opinião da defesa, não tem motivação do retorno do uso do equipamento.

A decisão do Tribunal de Justiça (TJ) do Paraná revogou, no início do mês, a determinação do juiz da 2ª Vara Criminal de Londrina, Delcio Miranda da Costa e atendeu a um pedido do Ministério Público. Segundo o MP, o monitoriamento é importante para a instrução do processo. As audiências da Operação ZR3 começaram nesta semana. 

Outros três réus também voltaram a usar o equipamento, são eles Evandir Duarte, assessor de Rony Alves e os empresários Vagner Fronja e José de Lima Castro. A Operação ZR3 investiga um suposto esquema de pagamento de propina em troca de alterações de zoneamento em Londrina. Os vereadores afastados são considerados os “cabeças” do suposto grupo criminoso. Eles negam as acusações e estão afastados dos cargos desde janeiro. O advogado de Takahashi afirma que já pediu a revogação dessa prorrogação do prazo do afastamento, que só termina em janeiro.
Tanto Mario, quanto Rony foram absolvidos pela Câmara de Vereadores e voltam a trabalhar assim que terminar o período de afastamento determinado pela justiça.