TERCA, 22/12/2020, 18:49

Safra de verão deve ter pequena redução em relação a 2019 e passar de 24 milhões de toneladas

Com quase 80% deste total e preços em alta no mercado internacional soja deve garantir bons rendimentos aos produtores do estado na nova safra.

O relatório mensal do Deral, Departamento de Economia Rural, da Secretaria Estadual de Agricultura, prevê que o Paraná deve colher na safra de verão mais de 24 milhões de toneladas de grãos. Destaque para o milho e, principalmente a soja, com a maior parte das lavouras apresentando condições entre médias e boas em todo o estado e preços bem mais altos da saca em relação ao ano passado.

O relatório mostra uma pequena redução na estimativa da safra de soja em relação a novembro. Segundo o departamento, devem ser produzidas quase 20,5 milhões de toneladas do grão, volume 2% menor que na safra 2019/2020, mas que de acordo com o órgão está dentro da média esperada para o estado.

De maneira geral, as chuvas das últimas semanas contribuíram para recuperar as lavouras, explica o chefe do Departamento da Secretaria de Agricultura, Salatiel Turra.

A colheita deve começar no final de janeiro e assim como a soja, a primeira safra de milho também foi beneficiada pelas chuvas das últimas semanas. O que manteve os números sem grandes oscilações. A expectativa é colher três milhões e quatrocentas mil toneladas, também 2% menos que na safra passada.

Apesar da queda na produção, os bons preços devem garantir mais ganhos também para quem plantou milho, cuja safra deve render um total de R$ 11 bilhões de faturamento, enquanto o feijão pode ultrapassar os R$ 2 bilhões.

Salatiel Turra afirma que apesar de um ano atípico, não só pela estiagem, o agronegócio segue com 80% da carteira de exportações do Paraná. 

No caso do feijão, a colheita da primeira safra já atingiu 5% da área estimada em cerca de 150 mil hectares e a produção deve chegar a quase 300 mil toneladas, uma redução de 6% com relação à safra 2019/2020, devido principalmente à falta de chuva.

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