As ligações clandestinas estão por toda a cidade, seja no centro ou na periferia. Mas é nos assentamentos irregulares que o problema é mais difícil de ser combatido. Pra tentar evitar essas perdas, ou pelo menos reduzir, a Sanepar anunciou que vai passar a monitorar as ocupações irregulares e fazer um levantamento do volume de ligações clandestinas de água e esgoto. Em Londrina, o desperdício de água chega a 350 litros por habitante ao dia.  São quase 200 milhões de litros diários de perdas considerando todos os 560 mil habitantes da cidade. Em países desenvolvidos, o desperdício é de 250 litros habitante/dia.

Sérgio Balhs explica que o novo contrato assinado entre a Sanepar e o Município, válido pelos próximos 30 anos, estabeleceu como prioridade a redução das ligações clandestinas. Além da perda de água, outro problema é o esgoto, já que muitas dessas ocupações estão em áreas de preservação permanente, o que dificulta a implantação das redes coletoras. Em Londrina, segundo um levantamento da ONG Trata Brasil, existem 53 assentamentos irregulares, onde moram 68 mil pessoas. Em todos esses assentamentos há ligações clandestinas.  

A Sanepar anunciou ainda o início das obras de novos reservatórios que vão aumentar a capacidade de distribuição de água pela empresa. Em Cambé, o reservatório Esperança vai elevar o volume de 10 milhões de litros para 17 milhões. A previsão é de que a obra esteja concluída em 18 meses. Em Londrina, três novos centros de reserva de água vão ser ampliados, um na área central da cidade, outro na zona norte e o terceiro no jardim ouro branco, na zona sul da cidade.