QUARTA, 19/07/2017, 19:31

Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior confirma falta de repasses para UEL e informa que liberação de recursos bloqueados depende de especificação das despesas

Pró-Reitora de Planejamento diz que diversas unidades da UEL estão sofrendo com o bloqueio de recursos e que se até agosto os repasses não forem regularizados muitas delas podem ter os serviços suspensos.

Em entrevista à diretora de jornalismo da CBN Londrina, Raquel Rodrigues, a pró-reitora de Planejamento da UEL, Cleusa Katsue, afirmou que o bloqueio das verbas pelo Governo do Estado é a principal preocupação do momento para toda a direção da Universidade. Segundo a pró-reitora, o Restaurante Universitário deve ser a primeira unidade da UEL a interromper os serviços. Cleusa Katsue destaca que o RU custa, no mínimo, R$ 230 mil por mês e que, com a atual situação, o acompanhamento dos gastos vem sendo feito diariamente. E afirma que existe verba para manter o restaurante funcionando, pelo menos, até meado de agosto.

De acordo com a pró-reitora, a Universidade sobrevive com verba repassada pelo estado e com recursos gerados pela própria UEL, de taxas diversas, das refeições vendidas no restaurante, entre outras fontes. Cleusa Katsue explica que são esses recursos que foram bloqueados.

A pró-reitora afirma que, dos pouco mais de R$ 6 milhões que a Universidade solicitou o desbloqueio, apenas R$ 485 mil foram liberados pelo Governo. E que num segundo pedido de R$ 1,3 milhão, só R$ 200 mil foram enviados. Katsue citou ainda o Hospital Veterinário como outra unidade da UEL que está sentindo os efeitos do contingenciamento causado pelo bloqueio.

Além do Restaurante Universitário e do Hospital Veterinário, a Clínica Odontológica, a Clínica Psicológica e a parte acadêmica também devem sofrer com o bloqueio dos recursos.

A pró-reitora de Planejamento da UEL disse não acreditar que os serviços sejam paralisados. E que espera que os recursos comecem a chegar em breve. Cleusa Katsue afirmou ainda que a luta pelos recursos tem sido diária e que também acredita na sensibilidade do Governo do Estado. E completou informando que a discussão sobre a adoção do Meta 4 passou  a ser negociada diretamente pela associação que reúne as Universidades Estaduais com o Governo.

Em nota, a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior informou que os dois primeiros pedidos da Universidade não foram liberados porque as despesas não vieram especificadas, uma exigência da secretaria de Fazenda. E que a UEL fez recentemente um terceiro pedido de liberação de recursos, de pouco mais de R$ 1,9 milhão, para diferentes setores da Universidade. Segundo a Secretaria, esse valor está prestes a sair e depende apenas da assinatura do secretário de Fazenda. Desse total, R$ 1,2 vai para material de consumo, 700 mil para equipamentos, além de R$ 20 mil para o pagamento de diárias e R$ 10 mil para compra de passagens. Em relação ao Meta 4, a Seti diz que as negociações foram retomadas e que o que se busca é uma solução que mantenha a autonomia das universidades mas que também se adapte aos critérios de gestão da folha de pagamento do estado.

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